segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

4 comentários:

  1. O ENGENHO CAPUCHINHO

    O senhor Celso Meireles(meu avô), residia na cidade de Tacima (PARAÍBA) e resolveu vir morar aqui no Cuité. Era casado, pai de três filhas: Helena(minha mãe), Tilda e Jandira(minhas tias). O mesmo fez um engenho que era movido por quatro bois. Lá havia plantações de cana-de-açúcar. Essas plantações eram para fazer mel e rapadura, e que oferecia trabalhos para diversas pessoas da comunidade.
    Os anos foram se passando e o trabalho foi regredindo. Depois o proprietário adoeceu e o engenho foi decaindo; as canas-de-açúcar foram acabando, e as pessoas perdendo o emprego. Na época, os funcionários eram: José Tomaz “Zequinha”, Juvino Castor, Avelino Pereira, Joaquim Tomaz e Antonio Jerônimo.
    Com o passar dos anos, o engenho acabou-se; o proprietário chegou a falecer.
    Celso Meireles era uma pessoa capacitada e inteligente e que ajudou muito as pessoas. Hoje, o que resta é somente a saudade e lembranças.
    No local do engenho, hoje funciona a Escola Municipal Presidente Castelo Branco.(Atualmente Esc.Munic.Celso Meireles)

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  2. Eu sou chamado tempo do onça.Sou de um tempo distante.tempo em que qualquer máquina era uma geringonça.Sou do tempo em que se amarrava cachorro com lingüiça que aos domingos a gente ia à missa. Trago lembranças bacanas das Casas Pernambucanas das farras, no bonde aberto,dos chapéus da Casa Alberto.Tempo em que adultério era crime e o Flamengo ainda tinha time.Do busca-pé, do rojão,Sou do tempo do xarope São João.Venho do tempo em que menino só gostava de menina tempo do confete e serpentina.Venho do tempo em que nas festas de Carnaval do Sírio, do Monte Líbano,dos bailes do Municipal.Sou do tempo do bicarbonato.Do lançamento do Sonrisal.Sou do tempo em que futebol era pra macho em que ninguém sossegava o facho nos bailes de formatura.Dos play-boys botando banca.Tempo que o telefone era preto e a geladeira era branca.Sou do tempo em que se confiava nas companhias aéreas.Em que a penicilina curava as doenças venéreas.Sou do tempo da Rádio Nacional do lança perfume no Carnaval do calouro na hora da peneira.Tempo em que pó era o mesmo que poeira.Tempo do terno risca de giz,da Lapa de Madame Satã,de poder ir torcer no Maracanã e lembrar da mãe do juiz.Sou do tempo do Dói-Codi do comigo-ninguém-pode.Da ditadura envergonhada.Sou do tempo em que ficar
    era não ir.Tempo de permitir passeios à beira-mar.Tempo de se curtir a vida,sem medo de bala perdida.Tempo de respeito pelos pais.Enfim, sou de um tempo que não volta mais.

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  3. Sou do tempo da brilhantina,do laquê, da Glostora, do Gumex,o correio não tinha Sedex,o que vinha era telegrama,trazendo uma má notícia.Sou do tempo em que a polícia,perseguia todo sambista que tivesse alguma fama.Tempo em que mulher é que usava brinco em que as portas não tinham trinco e que se dizia demorou,só pra quem chegasse atrasado.As calças não perdiam o vinco.Picada era só na bunda se aquela febre profunda não tivesse melhorado.No meu tempo coca era refrigerantee todo homem elegante abria a porta do carro.Aceitava-se qualquer cigarro sem medo de ser um novo fato.Só preço podia ser barato.Bicho era só o animal,cara, o rosto do pobre mortal.Sou do tempo do tergal do ban-lon, do terilene,da Emilinha e da Marlene no sucesso musical e o vilão com cara de mau,do reclame de fortificante do óleo de fígado de bacalhau.Sou do tempo do coreto e da banda do velho cigarro Yolanda vendido na venda da esquina.Sou do tempo da estricnina,veneno tão poderoso.Sou do tempo do leite de magnésia do sagu, do fubá Mimoso,do fosfato que curava a amnésia.Sou do tempo da cocoroca,do tempo da Copa Roca que muita gente não viu.Do progresso tão abrupto que todo mundo assistiu,porém político corrupto,o rato que sai da toca.Ora! Esse sempre existiu!

    28 de janeiro de 2011 07:54

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  4. Sou do tempo em que Benjor,se chamava Jorge Bem.A carne do bife era acém,ração de cachorro era bofe.No meu tempo não havia estrogonofe.Sou do tempo do tostão e do vintém,da zona com seus bordéis,programas de dez mil réis.Sou do tempo da Cibalena e do Veramon.Só não vi a revista Fon-fon.Assisti filmes do Rin-tin-tin.Sou do tempo da confeitaria Manon,da magia, do pó de pirlimpimpim.Colecionei estampas Eucalol.Acompanhei o lançamento da Avon,tomei o fortificante Calcigenol.Sou do tempo da PRK 30,do rádio tipo capelinha,dos contos da Carochinha,do remédio anunciado"Veja ilustre passageiro,o belo tipo faceiro que o senhor tem a seu lado.Mas, no entanto, acredite, quase morreu de bronquite,salvou-o o Rhum Creosotado".
    Sou do tempo da Cafiaspirina,da compressa de antiflugestina,do bálsamo de benguê.Fui leitor do almanaque Tico-Tico,tempo em que trabalhador ficava rico.Sou do tempo da Casa Cave,do taco com cera Parquetina,dos discursos do Presidente Gegê.Sou do tempo do óleo de linhaça.Andei na Maria Fumaça.Li muito a revista Cruzeiro.Escrevi com caneta- tinteiro.Separei o joio do trigo.Vi muito vigarista na cadeia.Só não fui garçon da Santa-Ceia.

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